Imagine que você tem um cadeado com duas chaves: uma é a chave pública, que você pode compartilhar com qualquer pessoa, porque ela só servirá para fechar o cadeado. A outra chave é a privada, que só você conhecerá e é a única que poderá abrir o cadeado depois de fechado.
Assim, se uma pessoa quiser fazer uma transação para você, ela a “fecha” com sua chave pública, mas somente você poderá “abri-la” e ter acesso a ela com sua chave privada. É dessa forma que a criptografia assimétrica é explicada.
O par de chaves desse tipo de criptografia está matematicamente conectado. De acordo com a Coinbase, todos podem criptografar mensagens com a chave pública, mas descriptografar uma mensagem é uma tarefa exclusiva da chave privada.
Em que consiste a criptografia assimétrica? A chave para a sua segurança
Há outro exemplo-chave, que é o uso do seu e-mail: a chave pública seria como o seu endereço de e-mail, e você poderia compartilhá-la livremente com quem quisesse, para que eles enviassem informações ou o que quisessem.
Quanto à chave privada, ela pertence apenas a você e é o que você precisa para abrir a caixa de entrada e ver tudo o que lhe foi enviado. Este belo casamento é a base para o controle absoluto dos seus fundos. Você tem o poder de autorizar transações com sua chave privada. Apenas você e mais ninguém. O controle do seu dinheiro digital não depende de mais ninguém além de você!
Para que realmente serve? Aplicações práticas no dia a dia da cripto
Sempre que você envia criptomoedas, você usa a criptografia assimétrica. Ao enviar Bitcoin ou Ethereum, você usa a chave pública do destinatário para bloquear os fundos e essa pessoa usa sua chave privada para desbloqueá-los.
Da mesma forma, você usa sua própria chave privada para assinar a transação digitalmente, basicamente. Esta é a maneira de demonstrar que você é o proprietário dos fundos e que deu autorização para a referida operação.
Segundo a IBM, trata-se de um sistema bem alimentado que possibilita que milhões de pessoas façam suas transações de forma muito segura e sem trapaças, sem a necessidade de nenhum intermediário.
Sem dúvida, a criptografia ultrapassou a barreira de simplesmente enviar dinheiro. Essa tecnologia é a base dos contratos inteligentes (smart contracts). Sempre que você interage com um, você usa sua chave privada como se fosse sua assinatura e é um símile eletrônico de um documento legal.
É assim que é usada na blockchain: chaves públicas, privadas, assinaturas e muito mais
Essa tecnologia é a espinha dorsal de como o dinheiro é usado digitalmente. Quando você cria uma carteira de criptoativos, duas chaves são geradas ao mesmo tempo: a chave pública, que é o seu endereço para receber dinheiro, e a chave privada, que é a chave secreta que só você terá para poder gastá-lo. Somente você poderá controlar seu dinheiro!
Ao enviar criptomoedas, sua assinatura na transação é sua chave privada. Ela pode ser verificada por todos com sua chave pública e é o que demonstra que a operação tem legitimidade e que você é o verdadeiro proprietário dos fundos.
Este é o mesmo princípio que é usado e se estende aos contratos inteligentes e a outras aplicações na rede, nas quais a criptografia assimétrica, sem a necessidade de uma autoridade central ou de um intermediário, permite a “assinatura digital”.
Como funcionam as transações com chaves assimétricas?
O processo é muito simples:
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Para receber fundos:
você só precisa compartilhar sua chave pública (que é o endereço da sua carteira) e a pessoa que lhe enviar a criptomoeda colocará a transação com esse endereço, como se fosse uma carta direto para sua caixa de entrada.
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Para enviar fundos:
se você planeja gastar ou investir esse dinheiro, você e mais ninguém usará sua chave privada para assinar digitalmente a transação. Esta chave nunca sai do seu dispositivo.
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Verificação da rede:
a rede da blockchain recebe a transação e usa sua chave pública para poder verificar se essa assinatura é autêntica.
Vantagens e desafios da criptografia assimétrica na blockchain
Se algo dá segurança à blockchain é a criptografia assimétrica, além de dar vantagens diretas ao usuário, segundo a Cointelegraph:
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Autonomia financeira:
você não depende de um banco e é o único responsável pelos seus fundos. Ter uma chave privada lhe dá o poder e o controle total sobre seus ativos digitais. Você terá uma liberdade financeira sem precedentes. Sua cripto, suas regras!
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Segurança e autenticidade:
o casamento entre as chaves pública e privada permite que cada transação tenha uma assinatura digital e seja única. Isso permite uma proteção contra fraudes.
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Descentralização e confiança:
não são necessários intermediários na blockchain para verificar transações, mas o próprio sistema criptográfico se encarrega de fazer a confirmação de autenticidade em cada operação.
Embora a criptografia assimétrica tenha grandes benefícios, ela também tem um desafio muito grande, que é o fato de que toda a responsabilidade recai sobre o usuário, e o maior risco é a perda ou roubo da chave privada. Se isso acontecer, seus fundos serão perdidos para sempre. Por isso, aqui estão algumas recomendações para evitá-lo:
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Nunca compartilhe sua chave privada com ninguém:
guarde-a em um lugar seguro, que não seja um dispositivo eletrônico conectado à internet.
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Verifique os endereços:
certifique-se de verificar o endereço da chave pública para a qual você enviará criptoativos para não ter inconvenientes.
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Use um gerenciador de senhas:
eles permitem que você armazene suas chaves de forma segura e proteja seus fundos de maneira mais eficiente, sem a necessidade de tê-las escritas em papel.
Perguntas frequentes sobre criptografia assimétrica e blockchain
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O que acontece se eu perder minha chave privada?
Infelizmente, se isso acontecer, você perderá o acesso aos seus fundos para sempre. Não há bancos, entidades governamentais ou suporte técnico que possam ajudá-lo a recuperá-la. Por isso, é indispensável que você a guarde em um lugar seguro, offline e que ninguém mais saiba.
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É possível hackear uma carteira com criptografia assimétrica?
Embora a criptografia seja muito segura, segundo a Cointelegraph, a chave privada da sua carteira pode ser vulnerável se você não a proteger de forma adequada. Um “hackeamento” seria um roubo da sua chave privada, neste caso, mais do que um ataque à criptografia. Por isso, você deve estar atento a vírus, phishing ou más práticas de armazenamento.
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Qual a diferença com a criptografia simétrica?
A diferença está no número de chaves. Na criptografia simétrica, uma única chave é usada para codificar e decodificar a informação. Na assimétrica, duas são usadas: a pública e a privada. É isso que permite a segurança em um ambiente como a blockchain.
Conclusão: Suas chaves, seu poder na blockchain
O caminho para a verdadeira autonomia financeira começa com a compreensão da criptografia assimétrica. Não é apenas tecnologia, é controle puro. Quando você entende que suas chaves são seu superpoder, você se capacita para gerenciar seus ativos digitais sem ter que depender de ninguém.
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