Bitcoin no McDonald’s? A SEC trava proposta de acionistas

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Os acionistas conservadores da popular cadeia de fast-food McDonald’s querem que seja considerada a aquisição de Bitcoin (BTC). Alertam que cada vez mais empresas estão a adicionar Bitcoin aos seus balanços e, portanto, segundo eles, o McDonald’s corre o risco de ficar para trás se não incorporar Bitcoin nas suas carteiras.

Contudo, um documento apresentado à Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos indica que a empresa não tem qualquer interesse em discutir a proposta.

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Contextualizando: a proposta para a aquisição de Bitcoin surgiu quando o National Center for Public Policy Research (NCPPR), um think tank conservador e acionista do McDonald’s, enviou uma carta à administração da cadeia, instando à incorporação da criptomoeda para benefício a longo prazo.

Especificamente, o comunicado do NCPPR indica: “O McDonald’s deveria, e talvez tenha até uma obrigação fiduciária, considerar a possibilidade de adicionar à sua tesouraria ativos que se valorizem suficientemente para anular a desvalorização do seu dinheiro e superar a valorização dos seus imóveis, ativos que se valorizem suficientemente para anular a desvalorização do seu dinheiro.”

Além disso, na proposta, citaram o sucesso da Strategy, anteriormente MicroStrategy, pretendendo demonstrar que as ações da empresa de Michael Saylor aumentaram 2.360% mais do que as do McDonald’s nos últimos 5 anos. Para ter uma ideia, atualmente a Strategy possui 553.555 bitcoins.

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É importante salientar que não é a primeira vez que acionistas solicitam aos conselhos de administração que comecem a adquirir Bitcoin. Por exemplo, fizeram-no com a Microsoft, recebendo uma recusa em dezembro de 2024, citando a volatilidade da criptomoeda.

O que aconteceu com a proposta de Bitcoin no McDonald’s?

Com todos estes argumentos em cima da mesa, a proposta não foi adicionada à agenda para a próxima reunião de acionistas em maio. Na verdade, representantes legais da empresa consultaramSEC sobre se poderiam excluir a proposta da ordem de trabalhos da próxima assembleia sem iniciar uma ação legal.

Posteriormente, a 28 de março de 2025, a SEC confirmou que o McDonald’s tem o direito de rejeitar a proposta, alegando que esta se relaciona com as operações comerciais ordinárias da empresa.

Em seguida, o NCPPR manifestou-se, insistindo que o seu pedido de avaliação não excedia a autoridade do conselho de administração do McDonald’s. Argumentaram que solicitar uma avaliação do Bitcoin como ativo de reserva é um pedido razoável sobre o qual os acionistas deveriam ter direito a voto, especialmente dada a crescente relevância do Bitcoin no panorama económico e político.

Porque é significativa esta decisão?

De qualquer forma, o Bitcoin continua a ganhar aceitação, e a questão de saber se as empresas o devem integrar nas suas estratégias financeiras – e como fazê-lo – está a tornar-se cada vez mais relevante.

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Por conseguinte, a resposta do McDonald’s e a decisão da Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos servem de referência para outras empresas que enfrentam propostas semelhantes. Esperemos que a medida que tomarem em maio, na sua próxima assembleia, seja em benefício da empresa.

Agora, deverá o McDonald’s seguir os conselhos de Robert Kiyosaki, autor de Pai Rico, Pai Pobre?: Poupe em ouro, prata e Bitcoin.”

 

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