Guia para entender a Blockchain sem fazer 3 mestrados em programação

Tiempo de lectura: 5 minutos

Hoje em dia, o tema Bitcoin e criptomoedas está cada vez mais em alta. Vemos nas notícias, nos jornais, nas redes sociais, mas pode ser complicado entender do que se trata. Por trás de todas essas moedas digitais e tanta tecnologia existe um motor: a blockchain. Não, não é física quântica, é só um pouco de informática.

Fique tranquilo! Com este guia, você vai aprender em 5 minutos (e sem precisar de faculdade) o que é blockchain e como ela funciona.

O que é exatamente a blockchain?

Vamos ao geral e ao simples. Blockchain nada mais é do que um banco de dados digital compartilhado. Neste banco de dados são registradas as transações (quando você envia ou recebe BTC). Tudo isso de forma segura, transparente e, principalmente, imutável. Imutável significa que, uma vez registrada uma transação, ela não pode ser apagada ou modificada. É como um livro de registros transparente e público, só que digital.

Por que se chama “cadeia de blocos”?

Você já deve ter ouvido falar em “cadeia de blocos”—em inglês, “blockchain”. O termo “blocos” vem do fato de que, quando uma transação é realizada, ela é agrupada com outras em um bloco. Esse bloco é então ligado ao anterior e voilà: temos a blockchain.

Cada bloco contém informações e referência ao bloco anterior. Isso torna praticamente impossível manipular qualquer dado em qualquer bloco da cadeia.

Quem inventou essa tecnologia?

A blockchain surgiu com o Bitcoin, sendo conceituada em 2008. Isso graças ao artigo “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”. Nele, Satoshi Nakamoto apresentou a ideia da blockchain e da criptomoeda Bitcoin.

Vale lembrar que a ideia de registros distribuídos já existia antes. Satoshi combinou redes distribuídas, criptografia e um sistema de consenso, criando um ecossistema totalmente seguro e descentralizado: a blockchain.

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Como funciona a blockchain em termos simples?

Se eu tivesse que explicar o funcionamento da blockchain em três palavras, diria: blocos, transações e nós. Basicamente, são as três partes de uma blockchain. Uma transação é qualquer ação registrada na cadeia: enviar dinheiro, receber, certificar um documento, entre outras.

Depois temos os blocos, que são pacotes onde as transações são agrupadas antes de serem adicionadas à blockchain. Por fim, há os nós—os computadores que fazem todo o trabalho, operando na rede e guardando uma cópia de toda a cadeia.

O que é consenso e por que importa?

Um dos elementos que fez a tecnologia de Satoshi Nakamoto ter sucesso foi o sistema de consenso. Trata-se de um acordo entre todos os nós sobre quais transações são válidas e em que ordem devem ser adicionadas.

Existem várias formas de alcançar esse consenso, sendo as duas mais conhecidas Proof of Work e Proof of Stake. Esses sistemas ajudam a evitar fraudes e ataques, pois garantem que todos os participantes concordem antes de aprovar qualquer coisa—é difícil enganar.

O que significa que uma blockchain é “descentralizada”?

Outro ponto chave é a descentralização. Essa é uma característica da maioria das criptomoedas. Basicamente, não há chefe, banco ou empresa controlando tudo. Só há nós, todos com o mesmo poder e a mesma informação. Se um falhar, os outros continuam.

Por isso, a descentralização torna a rede mais forte e resistente a ataques. Corromper um nó não adianta nada—seria preciso corromper mais da metade para ter algum controle. Nem tente, é quase impossível.

Por que a blockchain é tão importante?

A blockchain é o núcleo de cada criptomoeda. Não é só o motor, é também o registro, a segurança, o centro de operações… É a tecnologia que garante que as criptomoedas possam ser o que são.

Isso é possível graças a três características principais:

  • Imutabilidade: o que é registrado não é apagado. Uma vez registrada a transação, não pode ser modificada ou excluída. Isso garante a integridade dos dados e evita fraudes.

  • Transparência e confiança sem intermediários: qualquer pessoa pode ver qualquer transação. É um registro público, acessível sempre e de qualquer lugar. Isso gera confiança sem precisar de bancos ou intermediários. A transparência tornou a blockchain ideal para rastreamento de produtos ou certificação de documentos.

  • Segurança sem bancos ou governos: a informação é protegida e distribuída entre milhares de nós graças à criptografia. É extremamente difícil hackear ou manipular. Tudo graças à informática e à matemática, sem precisar de presidente ou diretor de banco.

Usos da blockchain além das criptomoedas

Um erro comum é associar blockchain apenas às criptomoedas. Você vai se surpreender com o que dá para fazer com a tecnologia. Veja só.

Para começar, com a blockchain você pode rastrear produtos. Isso significa saber todo o caminho de um produto, da origem ao destino. Ideal para indústrias de alimentos ou energia, garantindo autenticidade e segurança.

Outro exemplo: identidade digital e proteção de dados. Assim como os dados das transações são protegidos, esse processo pode ser aplicado ao mundo real. A blockchain facilita a verificação de identidades na internet e aumenta a proteção contra fraudes e roubos.

Essa vai te surpreender: sim, blockchain serve para votar no seu presidente favorito. Já foram feitos testes (com sucesso) de votação eletrônica via blockchain em países como Estados Unidos, Japão e Índia. A blockchain garante que os votos não possam ser manipulados, sendo ideal para esse tipo de processo.

Também pode ser usada para certificados acadêmicos ou diplomas, garantindo que não possam ser falsificados. O mesmo vale para garantir direitos autorais de obras digitais como NFT, música ou arte.

Todas as blockchains são iguais?

A resposta rápida é não, nem todas as blockchains são iguais—podem ser bem diferentes.

Blockchain pública vs privada

Existem duas grandes categorias, além de uma terceira híbrida. Blockchains públicas são abertas a todos: qualquer pessoa pode participar, buscar informações ou interagir. É o máximo em transparência e descentralização. Exemplos: Bitcoin, Ethereum.

Em contrapartida, blockchains privadas são acessíveis apenas a determinados usuários ou grupos, geralmente controladas por uma organização. São comuns em empresas que buscam mais privacidade e controle.

Se juntar as duas, temos a blockchain híbrida. Ela combina o melhor das duas anteriores: algumas operações e dados são públicos, outras privados. É flexível, oferece controle e transparência, e se adapta conforme o projeto.

Proof of Work vs Proof of Stake

Independente do tipo de blockchain, as transações precisam ser validadas. Existem dois principais mecanismos de consenso (e muitos outros):

  • Proof of Work (Bitcoin): participantes resolvem enigmas matemáticos para validar blocos. Só com a resposta certa o bloco é adicionado, e quem resolve recebe uma recompensa.

  • Proof of Stake (Ethereum): validadores são escolhidos conforme a quantidade de moedas “em stake” na rede. Muito mais eficiente em energia.

Algumas blockchains populares

Existem milhares de blockchains no universo cripto, e tudo começou com uma só. Hoje, a mais famosa é o Bitcoin. Depois vem o Ethereum, conhecido pela tecnologia e contratos inteligentes. Solana se destaca pela velocidade e baixos custos, Cardano pelo foco sustentável. Isso é só uma amostra do universo das blockchains—vale a pena explorar!

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Preciso saber programar para usar blockchain?

Na verdade, não precisa saber programar para usar blockchain. Só precisa de um celular, internet e um app wallet para navegar no ecossistema.

Existem plataformas como Bitnovo que facilitam tudo. Pelo app, você pode comprar e gerenciar suas criptomoedas, em contato com a blockchain da forma mais simples possível, independente do seu nível técnico.

Agora, se alguém te perguntar o que é blockchain, você já pode explicar do começo até hoje. E se não quiser, é só enviar este artigo—vai ajudar do mesmo jeito!

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